«O PALHAÇO E O PSICANALISTA» - FICHA DE LEITURA #2

Deixo-vos com mais alguns apontamentos retirados durante a leitura do livro "O Palhaço e o Psicanalista", de Cláudio Thebas e Christian Dunker.

Continuamos a escrever sobre a arte de ESCUTAR e as suas vantagens para uma comunicação assertiva de qualidade e para a resolução de conflitos.

VULNERABILIDADE VS VITIMIZAÇÃO

"Ao se expor, o verdadeiro vulnerável torna-se protagonista do espaço criado para o encontro com o outro, enquanto o falso vulnerável [vitimista] fecha a porta e solta os cachorros."

CUIDADO VS CONTROLO

"Numa conversa, assim como numa viagem, a quantidade de controlo é inversamente proporcional à qualidade do encontro. Onde há excesso de controlo, não há encontro, nem cuidado, nem escuta.

7 REGRAS DO BOM ESCUTADOR (princípio geral da reciprocidade)

1. Falar na primeira pessoa;

2. Responsabilizar-se pelo que diz;

3. Expor o que se sente;

4. Ter cuidado com a denegação;

5. Respeitar o fluxo da conversa;

6. Correr riscos (de vergonha, de ridículo...), com cuidado;

7. Distinguir: culpa, responsabilidade e implicação.

TEORIA 7-38-55 - Albert Mehrabian (década de 1960)

Quando comunicamos as nossas emoções, 55% é transmitido pela linguagem corporal, 38% pela nossa voz e 7% vem do conteúdo da mensagem (palavras e seus significados).

Numa comunicação eficaz e significativa, as 3 partes da mensagem precisam de ser congruentes ou cria-se um ruído que pode confundir o recetor e levá-lo a interpretações erradas sobre o que está a ser comunicado.

PARA REFLETIR:

"Durante o diálogo, em vez de escutarmos, passamos grande parte da conversa e da nossa energia a tentar convencer o outro de que estamos certos e a ter a última palavra."

CITAÇÕES:

"Responsabilizar-se aponta para a solução. Culpar aponta para o problema."

"Culpar os outros é frequentemente um sinal de que não estamos conseguindo reconhecer a nossa própria implicação ou responsabilidade no curso dos acontecimentos."

"A responsabilidade e a implicação acontecem em silêncio; a culpabilização e a denúncia são ruidosas, por isso exteriorizam em palavras o que não conseguimos conciliar com o silêncio em nós mesmos."

OUTRAS PUBLICAÇÕES SOBRE O LIVRO:

OPINIÃO        FICHA DE LEITURA #1     FICHA DE LEITURA #3