FUGIDA, CONGELADA OU DEMASIADO AGITADA?

 Olá a todos os que me leem!

Não tenho andado muito por aqui. Dou umas espreitadelas, mas nunca fico. Abro a caixa de entrada, mas nunca escrevo. Tenho tantos assuntos sobre os quais gostaria de vos falar, mas não tenho energia para o fazer. Parece que as palavras me fogem e que perdi o jeito de colocar em texto tudo o que me vai na alma. 

Talvez precise de novas gavetas para organizar os pensamentos, para os preparar para sair do forno. Ou talvez o problema seja mesmo eu querer ter tudo muito arrumado por aqui, quando a minha vida não é uma biblioteca organizada por cores ou ordem alfabética.

Na verdade, tenho andado fugida daqui também porque não sei se fará sentido voltar. Sinto-me sozinha neste cantinho. Parece que não está cá mais ninguém. 

Penso: para quê me preocupar em escolher o que escrevo? Sou apenas mais uma incógnita na blogosfera. Não preciso preocupar-me com escolha de conteúdos nem de palavras. Tudo pode ser muito ou nada interessante, tudo pode ser muito ou nada significativo. 

Depois penso diferente: porque não registo tudo o que me der na gana, usando este espaço como diário pessoal, escrevendo para mim mesma? Mas também não é um espaço assim tão privado que possa desabafar todas as minhas merdinhas e estrelinhas! Ou será que é?

Reflexões destas, que vou deixando todos os dias para "amanhã", afastam-me e prendem-me ao mesmo tempo. Tenho listas de temas sobre os quais quero escrever. Tenho rascunhos de postagens a meio do caminho. Tenho ideias desordenadas, de aprendizagens que fui fazendo, para aqui vir registar. Tenho projetos para divulgar e patetices para desabafar.

Mas fico parada. Inerte perante um novo post aberto. Congelada entre um ecrã e um molho de tópicos à espera de um risco por cima. Quebrada pelas dúvidas da vida, que tanto me alavancam para grandes passos como me atam a preconceitos, medos e perfecionismos.

E depois saem coisas assim. Saem textos sem grande nexo... como este.



Comentários

  1. Eu estou aqui sempre para te ler! Mesmo que mais ninguém leia, eu, percorro com os olhos às vezes com algumas lágrimas e a querer saber como tu tudo o que me vai na alma e no coração destes meus 60 anos. Por não saber escrever como tu, mas também por preguiça, talvez, nunca pus para a caneta e o papel o que me apetece escrever, mas, desde o dia 10 de março, quando completei os 60 anos, comecei a escrever, a pôr para o papel mensalmente a todos os dias 10, o que vivi naquele mês, até ao fim dos meus dias. Um dia, vão poder ler ou ter o trabalho de deitar para o lixo os cadernos ou o caderno, depende do tempo que cá estarei, do que foi viver a partir dos 60 anos. Te amo, minha princesa linda.

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