«EXTREMAMENTE PERVERSO, ESCANDALOSAMENTE CRUEL E VIL» [ANTESTREIA]

Fui com a minha filha à antestreia do filme «Extremamente perverso, Escandalosamente Cruel e Vil» sem ter lido o argumento nem visto o trailler, por isso não tinha quaisquer expetativas nem antevisão do que iríamos ver. Quer dizer, sabendo que o protagonista era Zac Afron e conhecendo apenas o título do filme, confesso que pensei tratar-se de uma comédia romântica ou, como disse aqui em casa, um filme de adolescentes. Como me enganei! E ainda bem!!

Tenho de começar por dizer que todo o filme foi uma sufocante, intrigante e agradável surpresa do início ao fim, tendo ficado presa ao grande ecrã desde os primeiros aos últimos minutos e saindo do cinema com vontade de conhecer mais sobre a história de Ted Bundy, o personagem central deste filme realizado por Joe Berlinger e baseando em factos verídicos.

«Extremamente perverso, Escandalosamente Cruel e Vil» conta-nos a história do serial killer mais conhecido da América, tendo por base a sua relação com Liz, uma jovem mãe solteira com quem formou família e viveu alguns anos. Para Liz, Ted era o companheiro perfeito e um ótimo pai para a sua filha, tornando muito feliz a sua vida.
No entanto, esta aparente harmonia foi quebrada com a detenção de Ted, acusado de raptos e terríveis assassinatos.
Ted defende-se dizendo ser inocente e vítima de erros ou conspirações policiais, adotando uma postura ativa ao longo de todo o processo e participando na sua própria defesa em tribunal.
Liz, invadida por dúvidas e perdida entre sentimentos de paixão e repulsa, vê a sua vida envolta em preocupações e dúvidas que a conduzem quase à paranóia.

Gostei imenso de todo o filme.
O argumento está muito bem conseguido, tendo ganho bastante por não se centrar nos crimes, mas na personalidade, vida e relações pessoais de Ted Bundy, bem contextualizando os factos e reproduzindo fielmente alguns diálogos e cenas verídicas.
A interpretação dos atores é muito boa e realista, sendo todo o elenco favorável à credibilidade dos factos e à provocação de sentimentos diversos e, até, antagónicos nos espetadores. Confesso que gostei bastante do papel desempenhado por Zac Afron, cuja interpretação consegue levar o público a simpatizar com o assassino e mostra a versatilidade do ator.
A qualidade da recriação de cenários, adereços, guarda-roupa e penteados valoriza bastante este filme, localizando-nos facilmente no tempo e espaço em que a história decorreu.

Esta é mesmo uma boa aposta cinematográfica que desafio a conhecer numa próxima ida ao cinema.


Filme em cartaz AQUI.

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