«A CRIANÇA SUSPENSA», DE RISOLETA PEDRO NATÁLIO

Era para ter escrito este post na semana passada, mas não consegui... nem senti muita vontade.
Sabem quando nos custa escrever porque não sabemos muito bem o que vamos «dizer»?

Bem, começo por contar-vos que o livro «A Criança Suspensa» já habita numa das prateleiras da minha biblioteca há alguns anos. Não sei bem como lá foi parar, mas tem estado um pouco por lá à espera da sua vez de ser lido. 
É um livro pequeno e fino, com apenas 87 páginas.
Supostamente seria para ler num instante. Mas não foi assim tão rápido como imaginava.
Não achei uma leitura desinteressante, nem chata. Não foi isso!

O livro fala-nos sobre uma mulher que perdeu um filho. Conta-nos um pouco da sua dor e das relações que, a partir de então, estabeleceu com o mundo à sua volta. Fala-nos muito de sonhos. Fala-nos também sobre mudanças. Conta-nos como um livro nasceu. (Será a história deste próprio livro e da sua autora?)

Parece uma história simples e envolvente, emotiva e realista. Mas não é. 
É um texto de dor e de confusão, de mistura de fases da vida, de metáforas e analogias, de pedaços de sonhos e de vida real.
Não é um livro fácil de ler, apesar de estar muito bem escrito e com grande profundidade. 
Senti que não era para ler... era para se ir lendo... e pensando... ou deixando as palavras ganhar consistência na nossa mente, para aos poucos formarem imagens.

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