O evento decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal de Pinhal Novo e contou com a presença do próprio autor. José António Cabrita foi o orador principal, fazendo uma primeira apresentação do livro.
A Câmara Municipal de Palmela esteve representada no painel por Álvaro Amaro, o próprio presidente.
Foi uma apresentação muito formal, com discursos elaborados, nos quais se falou sobre o livro e foram lidas algumas passagens.
Durante a apresentação, foram projetadas magníficas imagens de Timor, as quais prenderam bastante a minha atenção, tendo ficado com alguma pena da organização não ter maior relevo a esta projeção, a qual poderia ter sido feita num ambiente mais silencioso e escuro, acompanhada por uma música timorense como fundo, o que, decerto, ajudaria melhor na promoção do livro. (Claro que isto é apenas uma sugestão minha, como participante em outras apresentações literárias e amante de livros!)
Outro momento alto da apresentação foi a atuação do Grupo Coral da Sociedade Filarmónica União Agrícola, de Pinhal Novo, que cantou alguns temas em Tetum, a língua nacional e co-oficial de Timor-Leste.
Gostei tanto desta atuação, que decidi trazer uma filmagem de um dos temas interpretados em palco, a qual já coloquei no canal Youtube do blogue:
No livro "Na Fronteira de Timor", co-editado pelo autor, pela Âncora Editora e pelo Programa Fim do Império, Helder Tadeu de Almeida conta-nos a sua experiência pessoal durante a sua comissão militar em zonas montanhosas de Timor, entre 1967 e 1969 (26 meses).
Começando pela viagem até à antiga colónia, o autor narra acontecimentos, descreve locais, hábitos, rituais e tradições, comenta episódios de guerra e apresenta-nos espaços e pessoas, em muitos episódios e momentos da sua comissão.
Termina com o regresso a casa, pelo que fica claro que esta obra representa o editar e aperfeiçoar de um diário de bordo que foi sendo construído no momento e que inclui fotografias maravilhosas.
Um pouco sobre o autor:
Natural do Algoz e residente em Pinhal Novo, Hélder Tadeu de Almeida nasceu em 1942 e concluiu o curso de sargentos milicianos em 1965, tendo sido colocado no Batalhão de Sapadores de Caminhos-de-Ferro, no centro de instrução do Entroncamento. Entre 1967 e 1969, já casado e com uma filha, foi mobilizado para Timor, chefiando equipas de assistência na fronteira com a Indonésia. Neste livro, descreve o choque e a experiência do contacto com uma cultura distante e com um território isolado e desconhecido, onde «a Natureza era rainha».
In www.cm-palmela.pt
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