"FUI EU QUEM O ENSINOU..."

Há dias em que sinto mesmo que tenho a melhor profissão do mundo, a mais gratificante e rica em momentos e emoções. Sinto-o à flor da pele, traduzindo-se este sentimento num sorriso rasgado e quase (ou por vezes) numa lágrima. E ainda bem que esses dias existem, tão esmagadoramente capazes de fazer esquecer todas as frustrações e dificuldades que teimam em aparecer em muitos outros.
Mas como não o sentir quando vejo uma pequenina mão de seis anos, que há 4 meses atrás nada sabia sobre letras e palavras, escrever uma frase no quadro, desenhando aqueles símbolos tão correta e docemente de forma a fazer significado?
Como não ficar de peito cheio à medida que, palavra a palavra, uma frase vai nascendo confiantemente das mãos (e cabeça) daquele pequeno ser?
Como não amar cada letrinha?
Como não sentir orgulho ao pensar "Fui eu quem o ensinou a ler e a escrever!"?

São momentos mágicos, que surgem corriqueiramente em sala de aula, mas que, se estiver atenta e disponível para os vivenciar poderosamente, são capazes de fazer esquecer o que há de difícil no processo e amar os resultados...


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