SÁBADO ENTRE MANOS

Há muito tempo que não tínha um sábado tão divertido e os meus manos (junto com os nossos respetivos) foram a companhia ideal.
Somos 3, já casados e pais de filhos, sendo eu a mais velha. Hoje em dia praticamente não se nota as diferenças de idades que nos separam (não, mano, tu não estás nada velho, estás maduro!) e somos cada vez mais amigos, talvez como nunca tínhamos sido até então. A idade e a maturidade tem de ter algumas vantagens!
Apesar das correrias do dia a dia, graças à boa vontade da avó Mila que convidou os 5 gaiatos para lá passarem o dia (e a noite), conseguimos deixar a pequeneza com os avós maternos e fomos para a capital.
YES! Eu adoro a capital. Não a discoteca, mas a cidade.

Começámos pela manifestação, que não poderíamos perder porque somos dos que querem lutar por dias melhores e não apenas passar o tempo com queixas do governo. Fomos os 6 depois de almoço, começando logo as gargalhadas à hora do estacionamento. De cartaz na mão e dizeres nas costas (os outros 2 casais), fomos pelas ruas da baixa até ao Terreiro do Paço (ou do Povo, como lá lhe chamaram).
De dentro, não dava para perceber que estava tanta gente!
Ouvimos discursos que disseram muitas verdades e que aplaudimos, apesar de acharmos que os sindicatos se aproveitam destas situações porque, discretamente, acabam por "representar" alguns partidos políticos.
Emocionei-me quando ouvi falar dos jovens trabalhadores, arrepiei-me quando vi chegar um grupo de polícias e um grupo de professores. Estou nesta luta porque sinto que todos devemos estar... pelo menos os que não estão satisfeitos. Estou nesta luta sem partidos e não especialmente contra os que lá estão no poleiro, mas contra todos os que já lá estiveram (incluindo os atuais).


Depois da manifestação que, quanto a mim, foi curta demais, fomos até ao Centro Comercial Colombo, onde já não ia faz tempo. Jantámos os 6 por lá e conversámos a valer. Os assuntos são como as cerejas e pode dizer-se que foi uma bela e saudável sobremesa.

De barriga cheia, fomos até ao Bairro Alto.
Há anos que não vou "beber um copo", "abanar o capacete" ou "sair à noite", por isso sentia-me um pouco descontextualizada. Naquela zona, então, nem parecia enquadrar-me. Nunca para lá fui em "jovem" e hoje acho que deveria ter ido, mas parece que vamos sempre a tempo. O ambiente é diferente, desigual, estranho talvez. As ruas são um poço de aventuras para quem mora deste lado e as últimas memórias que tem destas saídas centram-se na Avenida Luisa Todi, em Setúbal. Mas posso dizer que gostei, que me ri a valer, que aprendi muito e que me senti descontraída à brava.
Só conhecemos o bairro fora de portas, pois o nosso destino era o Teatro do Bairro e a final da Academia de Humor Licor Beirão RFM.
Esperámos muito tempo à porta mas acho que há muito que não me ria tanto (ao ponto de doer as bochechas)e o tempo foi passando. A stand-up comedy esperava por nós lá dentro e o ambiente estava fantástico. Pena o espaço ser tão pequeno para tanta gente!


No fim, regressar a casa sozinha com o meu homem também foi agradável. Passarmos a noite agarradinhos, completamente sozinhos, de porta aberta e sem horas marcadas... Sem esquecer uns metros valentes descalça (por não aguentar com as dores nos pés) e as calças que se romperam na viagem... tudo contribuindo para um sábado divertido e inesquecível.

Comentários

  1. Ainda bem que se divertiram! Também me diverti à brava com os meus 5 pestinhas! Podem sempre repetir!!!

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  2. Eu adorei! Apesar do cansaço, foi um dia muito diferente e em muito boa companhia. Vale a pena, assim! Estou pronta para a próxima!

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