"HOW TO GET AWAY WITH MURDER"

Durante 4 temporadas, num total de 60 episódios, foi com entusiasmo, emoção e expectativa que segui a série "How To Get Away With Murder", que passou em Portugal com o título "Como Defender um Assassino".

  

Há muito que a queria ver, apaixonada que sou por séries com tribunais e crimes, mas só através da Netflix consegui fazê-lo de forma a acompanhar e compreender plenamente a sua história.
É que, para além dos casos que vão surgindo em cada episódio, há um enredo central que acompanha todos eles e que envolve direta e pessoalmente todas as personagens, desenvolvendo-se um pouco em cada um.
Além disso, gosto de ir gerindo a visualização dos episódios conforme o meu tempo livre, o que se torna mais fácil quando temos a temporada completa disponível.


As temporadas

Gostei muito desta série, especialmente das temporadas 1 e 4, que para mim foram as mais intensas e envolventes.
Vi a primeira temporada com muitas expetativas e adorei ter acompanhado a forma como foi defendido um assassino em cada episódio. Gostei bastante da ideia de todas as defesas destes criminosos serem discutidas nas aulas de Annalise Keating (na Universidade de Direito), onde os estudantes levantavam sugestões e davam ideias de como ilibá-los ou formas de lhes conseguir uma sentença menor. Gostei do envolvimento da equipa de estagiários nestes processos e dos momentos de tensão em tribunal. Também gostei da história do crime que os envolveu, a que acompanha toda a temporada.


Achei a segunda temporada um pouco mais fraca do ponto de vista criminal. Apesar de se defenderem alguns criminosos e de continuar a haver um crime cometido ou envolvendo Annalise Keating e o grupo de estagiários, parece que a série segue novas diretrizes, dando muito mais enfoco à história central e descurando aquela linha de novos casos em cada episódio. No entanto, do ponto de vista dramático, sofre uma explosão de momentos emocionalmente intensos e de revelações íntimas das personagens.

Para mim a terceira temporada foi a menos cativante. Surgiram muitas revelações, muitas mudanças no perfil e no evoluir das personagens, muitos tempos alternados. Provavelmente conseguiu captar outros espetadores com esta dinâmica, mas eu senti falta de suspense, do paralelismo com diferentes crimes e das aulas de Direito Criminal.

Na quarta temporada já estava habituada a um novo perfil de série e gostei bastante do evoluir da história ao longo dos episódios e da forma como os estagiários assumiram as suas vidas independentes da professora. Gostei bastante de irmos percebendo o que cada uma das personagens sentia verdadeiramente pelas outras e de todas assumirem a sua importância individual.


As personagens

De um modo geral, gostei de todas as personagens desta série e acho que foram muito bem escolhidos os atores que as interpretam. Ao longo das temporadas, todas elas mostraram crescimento individual, destacando-se em diferentes momentos da trama e completando-se como elo de ligação entre histórias passadas e presentes. Gostei de vê-las mais íntimas e consolidarem-se entre elas sentimentos de cumplicidade, união e amizade.

Escolhendo uma de toda a série, terei de dar a minha salva de palmas (de pé) à atriz principal Viola Davis, cuja interpretação foi sempre magnífica, dando jus à grande carreira cinematográfica que tem construído desde o seu primeiro destaque no filme "Kate & Leopold" (2001).

No entanto, para além desta (óbvia) escolha, a minha personagem preferida (e querida) foi Connor Walsh, interpretada pelo ator Jack Fallahee que, curiosamente, faz anos no mesmo dia que eu. 😍 Connor é um estagiário guiado pelo coração e pelas causas sociais, apesar das suas próprias crises, medos e inseguranças. Tem uma imagem muito bonita, diferente em cada temporada, uma postura real e atitudes humanas, tanto boas como más, e revela um grande crescimento como ator ao longo dos 4 anos que durou a série.


Paralelamente a estas preferência, em cada temporada houve personagens que me marcaram mais ou cuja interpretação me leva a destacá-las das restantes.

Na temporada 1 tenho mesmo de voltar a destacar o papel da atriz principal Viola Davis, que interpreta a advogada e professora Annalise Keating. A sua interpretação é mesmo fantástica, o que se vem a repetir em todas as temporadas, mas fui conquistada completamente logo na primeira.

Na segunda temporada destaco o papel de Charlie Weber, que interpreta Frank Delfino, cuja personagem sofre grandes mudanças e que assume um papel mais ativo e influente no passado e presente das restantes.


Na temporada 3 destaco a personagem Bonnie Winterbottom, interpretada por Lisa Weil, que finalmente assume um papel preponderante como advogada, saindo da sombra da professora e revelando-se uma surpresa.


Na última temporada destaco a interpretação de Aja Naomi King como Michaela Pratt, que se revela uma notória discípula de Annalise, mostrando a mesma intensidade e força da sua mestra.


Concluíndo, posso dizer que "How To Get Away With Murder", cheia de mistérios, tensões, segredos, dramas e revelações, é uma série ótima para quem gosta de se abstrair da vida do quotidiano e entrar por minutos num mundo de leis, crimes e suspense.

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