A convite da Companhia de Dança de Almada, ontem à noite fui com o meu homem a um espetáculo de dança inserido na 26.ª edição da Quinzena da Dança de Almada, que decorreu entre 21 de setembro e 20 de outubro.
Fomos ao Fórum Municipal Romeu Correia, um espaço de cultura muito agradável, moderno e convidativo, ver a peça "Roots", da companhia francesa Ayoba Compagnie, em cena no Auditório Municipal Fernando Lopes-Graça.
Sinopse
Uma viagem entre a dança de galochas sul-africana e a dança contemporânea. Cinco bailarinos, músicos e cantores irão explorar a vida diária dos mineiros em Joanesburgo durante o séc. XX e, um século depois, na Europa. A sua própria vida diária num mundo urbano controlado. A forma como os corpos se podem expressar através de sons de percussão, canções, movimentos, ligações… Explorar o génio humano, que encontra sempre uma forma de criação e união, aconteça o que acontecer.
Coreografia: Pauline de Lattre
Interpretação: Syrielle Guignard, Camille Le Bot, Caroline Mercier, Mashol Rosero, Laura Selly-Spitz
Universo sonoro e desenho de luz: William Fournier
Música: “Kikilla” de Mariela Condo
Este bailado contemporâneo, com coreografia de Pauline de Lattre, conseguiu surpreender-nos bastante pela positiva, prendendo-nos ao palco e envolvendo-nos no desafio contínuo de descodificação da mensagem em gestos, movimentos, sons e tons.
Sendo evidente a temática abordada, a forma como a transpuseram para o palco foi algo de mágico e inesperado, numa comunhão de dança, cantares africanos e música apenas produzida com o corpo e as galochas que as cinco bailarinas usavam.Estas, de um ritmo e agilidade admiráveis, conseguiram encher o palco sem cenário e praticamente sem adereços, beneficiando de um brilhante jogo de luzes e sombras que resultou de forma surpreendente.
Tive pena de não perceber francês, pois houve umas pequeninas partes faladas que gostaria de ter compreendido.
Foi uma noite bem passada, a qual agradeço de coração à Companhia de Dança de Almada.
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