Já por AQUI vos tinha dito que os meus 30 e tal anos me trouxeram algumas experiência novas, me lançando em desafios que aceitei (mais) para provar a mim mesma do que sou capaz. Claro que não poderia ter terminado os 30's sem cumprir uma grande prova, sem sair da minha zona de conforto para outra que nem sei bem como intitular. A verdade é que foi fantástica!
Ora, fez agora 1 ano que, estando eu com 39 e 7 meses, me inscrevi como voluntária na Feira Medieval de Palmela.
Já há umas edições que via o pessoal da terra a participar adequadamente trajado, parecendo passar uns bons momentos num ambiente descontraído e envolvente, como se, de repente, o tempo tivesse realmente andado para trás.
Nunca me cativaram os trajes nobres e sempre achei que, aderindo, iria ser uma mulher do povo, mas também não me imaginava a ser dos renegados. E não é que foi mesmo o que aconteceu?
Inscrevi-me disponibilizando-me para participar com o grupo de teatro TEN_TART, que desde 2009 é responsável pela recriação (e dinamização) da ralé medieval.
Fui à formação, conheci o fantástico elenco e aprendi um pouco mais sobre as artes performativas. Conheci também gente nova de Palmela e reencontrei caras giras da terra. Fiz amizades e avancei de cabeça erguida, apesar dos medos e das vergonhas.
Fiquei com um papel de vilã, muito oposto ao que sou na vida real, o que, já por si só, foi um desafio. Foi-me proposto ser uma mulher renegada e má, austera e dominadora, posta à margem mas com algum poder junto dos restantes habitantes da "Rua de Nenhures", um local enigmático da vila, um cenário de arrepiar.
Na primeira noite tive alguma dificuldade em encarnar o papel. Medo, vergonha e falta de confiança não permitiram que me soltasse.
Depois... deram-me um chicote. Treinei, arrisquei e enfrentei centenas de pessoas conhecidas num desfile de abertura, conseguindo assumir-me como vilã e sem lhes mostrar um único sorriso. E fui capaz mesmo!
E a partir daí foi sendo mais fácil.
E adorei!
Conheci um "eu" que estava escondido ou perdido em mim e gostei. Saí da zona de conforto e soube-me bem. Enfreitei os escuros da alma e senti que venci.
Este ano vou de novo.
É hoje o primeiro dia de formação e não faço ideia do papel que aceitarei fazer. Mas quero fazer melhor. Quero dar mais de mim e provar que sou capaz. Quero agitar os dias (quase) sempre iguais e acreditar que, quando quero, consigo ir bem mais longe do que penso.
E fui assim no ano passado...
Ora, fez agora 1 ano que, estando eu com 39 e 7 meses, me inscrevi como voluntária na Feira Medieval de Palmela.
Já há umas edições que via o pessoal da terra a participar adequadamente trajado, parecendo passar uns bons momentos num ambiente descontraído e envolvente, como se, de repente, o tempo tivesse realmente andado para trás.
Nunca me cativaram os trajes nobres e sempre achei que, aderindo, iria ser uma mulher do povo, mas também não me imaginava a ser dos renegados. E não é que foi mesmo o que aconteceu?
Inscrevi-me disponibilizando-me para participar com o grupo de teatro TEN_TART, que desde 2009 é responsável pela recriação (e dinamização) da ralé medieval.
Fui à formação, conheci o fantástico elenco e aprendi um pouco mais sobre as artes performativas. Conheci também gente nova de Palmela e reencontrei caras giras da terra. Fiz amizades e avancei de cabeça erguida, apesar dos medos e das vergonhas.
Fiquei com um papel de vilã, muito oposto ao que sou na vida real, o que, já por si só, foi um desafio. Foi-me proposto ser uma mulher renegada e má, austera e dominadora, posta à margem mas com algum poder junto dos restantes habitantes da "Rua de Nenhures", um local enigmático da vila, um cenário de arrepiar.
Na primeira noite tive alguma dificuldade em encarnar o papel. Medo, vergonha e falta de confiança não permitiram que me soltasse.
Depois... deram-me um chicote. Treinei, arrisquei e enfrentei centenas de pessoas conhecidas num desfile de abertura, conseguindo assumir-me como vilã e sem lhes mostrar um único sorriso. E fui capaz mesmo!
E a partir daí foi sendo mais fácil.
E adorei!
Conheci um "eu" que estava escondido ou perdido em mim e gostei. Saí da zona de conforto e soube-me bem. Enfreitei os escuros da alma e senti que venci.
Este ano vou de novo.
É hoje o primeiro dia de formação e não faço ideia do papel que aceitarei fazer. Mas quero fazer melhor. Quero dar mais de mim e provar que sou capaz. Quero agitar os dias (quase) sempre iguais e acreditar que, quando quero, consigo ir bem mais longe do que penso.
E fui assim no ano passado...
Foto de Jennyka Fonseca
Foto de Helder Torres
Foto de Armando Romão
Foto de Rodrigo Simas
AQUI está outro DESAFIO. Espreitem!
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