"SEVEN SECONDS" - TEMPORADA 1

Há pouco acabei de ver o décimo e último episódio da série "Seven Seconds" e a vontade que em mim prevalece é a de que seja feita uma segunda temporada capaz de resolver as injustiças desta primeira.

Para quem ainda não viu, posso dizer que esta série, que segui através da Netflix, conta a história da morte por atropelamento de um jovem negro de 15 anos, da investigação feita para descobrir os culpados e do julgamento que levou 4 polícias ao banco dos réus.
É uma série que aborda questões como o racismo, a corrupção, o tráfico e consumo de drogas, a família e a justiça.

Classifico-a como sendo um policial dramático, que é definitivamente o género de série de que mais gosto.

Gostei muito de seguir esta série, que me tem feito companhia nas noites das duas últimas semanas.

Gostei do enredo e da forma coerente e crescente como a história foi evoluindo ao longo dos episódios. Em todos houve momentos de maior impacto dramático e de suspense, que prenderam a minha atenção e despertaram sempre vontade de ver os acontecimentos seguintes. Não é daquelas séries em que podemos ficar 2 ou 3 episódios sem ver e conseguimos acompanhar toda a história. Não, porque há sempre evoluções e descobertas, bem como cenas mais intensas e que mexem connosco.

Gostei muito do elenco escolhido para esta série. Não conhecia a maioria dos atores, mas gostei da forma como interpretaram as suas personagens e lhes deram a visibilidade certa.

Infelizmente, não gostei muito da interpretação de uma das personagens principais: a promotora K.J. Harper, protagonizada pela atriz inglesa Clare-Hope Ashitey.
Achei-a muito apagada para o papel, não conseguindo causar o impacto necessário numa personagem tão importante da história. Não me cativou, apesar de ter gostado do enredo em torno dela e da forma como foi evoluindo ao longo dos episódios.
Gostaria de ter visto o papel interpretado de uma forma mais voraz, mais determinada e expressiva. Não sei se foi intensional, mas a atriz teve uma interpretação demasiado discreta e fria.

Pelo contrário, dou uma salva de palmas à interpretação da atriz Regina King, que interpreta Latice Butter, a mãe da vítima de atropelamento. Adorei!
A atriz faz um papel muito intenso e emotivo, transmitindo os sentimentos da personagem de uma forma muito real e causando uma forte empatia com quem assiste à série. Através da sua interpretação, quase sentimos na pele a dor, a raiva ou a tristeza daquela mãe.

Também gostei bastante do papel e da interpretação do ator Michael Mosley, que dá vida ao polícia e investigador Joe Ronaldi, uma personagem caricata e que consegue trazer algum humor a uma história séria e dramática.

 

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