OS 3 ATAQUES DA VIROSE ATREVIDA

Pode parecer pieguice, e se calhar é mesmo, mas hoje apetece-me escrever um pouco sobre esta virose intrometida que chegou cá a casa no sábado e nos pôs a dieta forçada.
Verdade! Ela anda espalhada, já atacou os estômagos e intestinos de muitos miúdos e graúdos e chegou a nossa vez de lhe abrir a porta.

Foi de repente que eu, mãe galinha (ou perua, tendo em conta a idade e tamanho dos petizes?) comecei a vomitar. Após o tão desejado jantar de S. Martinho, foi um correr para a sanita que até esbarrei numa das gatas e nem percebi em qual!
Que desperdício!
E pronto... acabaram-se as castanhas e a água pé!
(O que me valeu foi o magusto que o Pedro e a Vera fizeram na praceta, onde comi as famosas da estação e provei a jeropiga do sogro!)

A partir daí, nada de novo... todos os sintomas duma virose gástrica e... muita paciência! (Sim, era sempre o que me diziam no hospital quando lá ia com os filhotes pequenos com esta patologia!)

Depois de mim, foi o Simão a revelar-se possuído pelo maldito e desenvergonhado vírus!
E os dois doentes tiveram direito a dormir juntinhos e a correr cada uma para seu lado durante a noite. Felizmente que não aconteceu nenhum episódio simultâneo, porque temos umas das duas sanitas avariadas!

O domingo foi completamente piroso.
Sem fome, com vómitos e sem conseguir levantar a cabeça da almofada, tal eram as dores na bendita, lá fomos ficando deitados, dormitando, trocando conversas nos intervalos, invejando as pessoas que têm televisão no quarto. Fomos tentando beber água (ele) e chá (eu) para não desidratar.
Valeu-nos o telemóvel, que nos entreteve, e o Luís, que nos foi fazendo as vontades, esforçando-se para nos proporcionar conforto.

E depois?
Depois, pimba! Foi a Matilde que correu em desassossego para o wc, copiando os nossos movimentos das últimas horas e mostrando 3-0 para o malvado vírus.
Foi assim que o domingo terminou em beleza, com uma cama de casal convertida em hospital.

Segunda-feira de manhã, quem vai à escola?
Ninguém estava em condições.
Eu já não vomitava, mas nada conseguia comer, a cabeça parecia querer rebentar e não me aguentava nas pernas, que estavam bambas demais. Muitas cólicas! Parece que a tripa queria fugir e não conseguia!
O Simão, na mesma situação, igualzinho!
A Matilde, no início da saga, para lá e para cá, sem aguentar sequer a água na sua barriguita!
E ficámos por casa os 3, comigo no comando e a tal paciência a dar a dar.

Continuámos todos em dieta rigorosa, dando troco à bendita água que, felizmente, não falta cá por casa (mais ao chá que a completa) e aproveitando para poupar em várias refeições. (Temos sempre de ver o lado positivo das situações, não é?)
E mais um dia passado... E dois quase curados no final... Com direito a uns niquinhos de alimentos sólidos, introduzidos espaçada e corajosamente.
Uma noite já tranquila, que deu para recuperar energias e acordar para um novo dia.

Hoje, o rapaz lá ganhou força e foi à escola, já conseguindo comer qualquer coisita e prometendo não abusar e ligar se não estivesse bem.
A mana, nem por isso. Dores de cabeça, corpo tremendo, vómitos e cólicas. Mais um dia de reserva e de miminhos maternais. (Sim, porque os filhos precisam dos cuidados dos pais mesmo quando são um pouco mais crescidos!!)

E, confirmada que estava a virose por quem de direito, lá ficámos as duas recuperando e introduzindo alguns alimentos sólidos, bem devagarinho, gerindo entre o permitido e o apetecido (que doutra forma nada entraria a bem no organismo).

Espero que a saga termine hoje e que todos possamos voltar amanhã às nossas vidinhas normais, mesmo mantendo a postura de quem procura a elegância e tem gosto por pratos gourmet, donde pouco se come e nada se vê!

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