DESCOBRIR A CABRA SECRETA QUE HÁ EM NÓS... PARTE I

Tenho andado a ler um livro fantástico da Editorial Bizâncio, com o qual me divirto, ao mesmo tempo que reflito sobre a minha forma de estar e de ser, aprendendo como melhorar a minha autoestima e reforçar a autoconfiança.

Na realidade, considero a obra «Descubra a Cabra Secreta que Há em Si», de Elizabeth Hilts, uma verdadeira sobremesa de auto-ajuda, com ingredientes mágicos de bom-humor.
Sem ter aquele «peso» de mensagens tipo «deves fazer assim» ou «tens de ser assim», nem recheio de fórmulas e testemunhos, é um livro cheio de ideias fáceis e exequíveis, escrito de uma forma atual e divertida.

E como estou a relacioná-lo com o meu «eu» e a aprender com ele a valorizar-me, sendo a tal «cabra«» saudável que todos temos em nós e que, muitas vezes, se esconde e nos faz tão mal cá dentro?
Fácil: lendo, rindo (não será esta uma das melhores formas de aprender?), tomando apontamentos e escrevendo por aqui. LOL

O que sairá desta leitura, análise e escrita?
Veremos. (Também estou curiosa.)


PARTE I - TOXIMPATIA VS CABRA EM MIM

Não sei se acontece convosco, mas eu sofro (e já sofri ainda mais) de uma «doença» à qual Elizabeth Hilts deu o nome de TOXIMPATIA: uma simpatia tóxica, que me leva a dizer muitas vezes «sim» quando devia ter dito «não«», acabando por me prejudicar.
Esta «doença» revela-se em mim através da pressão que imponho a mim mesma de ser sempre politicamente correta. Tenho muitas dificuldades em dizer «não» à maioria das pessoas, principalmente a quem está perto de mim, aos amigos e à família, o que não é, de todo, muito saudável, na medida em que, quando estou a aceitar tudo, não penso nas consequências que isso terá para mim, nem se a pessoa realmente merece ou não uma resposta positiva.
É também graças a esta toximpatia que ajo muitas vezes de acordo com o que esperam de mim e que peço desculpa quando algo não funciona, sentindo-me francamente culpada quando não fui capaz de corresponder às expetativas ou os resultados do meu «sim» não foram os melhores.
Claro que esta excessiva postura de pensar primeiro nos outros e depois em mim me tem trazido desvantagens, permitindo que muita gente me «coloque a pata em cima», aproveitando-se da minha boa vontade e desiludindo-me quando sou eu a precisar que me respondam na afirmativa.
Na verdade, acaba por haver uma altura em que, com algumas pessoas, após tantas desilusões e «patadas», não aguentando mais de tanto encher o peito, a alma e o coração, eu «rebento», salta-me a «tampa» e deito boca fora tudo o que quero e não quero, tudo o que queria dizer naquele momentos e mais algumas das mágoas que deveria ter confessado ao longo de (por vezes) anos de convivência.


A CABRA:
E como supera isto a «cabra que há em nós»?

Primeira dica: começar por substituir o «sim» pela frase «não me parece». Ora, experimentem lá!
Assim, ficamos com tempo para pensar na resposta que mais nos beneficiará ou, pelo menos, não nos prejudicará, levado-nos a fazer coisas que não nos apetece ou não gostamos.

Posso dizer-vos que, durante anos, precisei mesmo desta frase, de interiorizá-la e usá-la frequentemente. Tantas horas de trabalho a que me teria poupado! Tanto tempo que teria sobrado para cuidar de mim mesma em vez de cuidar dos outros! Tantas lágrimas teria evitado! Tantas pessoas negativas e tóxicas que não teriam tido a oportunidade de se aproximar demasiado de mim!

Felizmente, em relação ao trabalho, os 11 meses em que estive em casa de baixa ajudaram-me a ser mais cabra, que é como quem diz a proteger-me mais. Mas tive de sofrer as tais desilusões. Entre conversas nas costas, silêncios, juízos de valor, costas voltadas e um telefonema a pedir um «sim» de trabalho em plena doença, várias foram as «ajudas» que recebi e que puxaram para cima a cabra que guardava bem quietinha.

Sem ter de deixar de ser simpática e disponível, como aliás me está na massa do sangue, deixando revelar-se a tal cabra consigo ser mais firme, menos submissa, mais assertiva, mais amiga de mim mesma... e ainda me vai sobrar tempo e paciência!

Por isso mesmo, aconselho toda a gente a soltar mais o seu eu interior, pensando muito si, sem culpas nem medo de ser egoísta. E aposto que este livro vai ajudar a encontrar um caminho muito mais ameno, divertido e livre.

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