«ENCONTROS IMPROVÁVEIS», DE FERNANDO PESSANHA

Como sempre tem acontecido desde que conheci a escrita de Fernando Pessanha, comecei a ler a obra «Encontros Improváveis» com muito entusiasmo e motivação, já na expetativa de encontrar uma nova paixão capaz de me prender durante horas.
No entanto, não foi bem isto que aconteceu... a parte das horas (no plural)! É que, infelizmente, a leitura fez-se num ápice e menos de nada tinha devorado este pequeno grande livro do escritor algarvio. Digo infelizmente porque me apetecia (MUITO) ter continuado a ler e a desvendar mais histórias e enredos admiravelmente contados e entrelaçados.

Posso começar por dizer que foram 86 páginas de boa literatura portuguesa, condensada em 6 pequenos (mas intensos) contos que abordam diversos temas do nosso quotidiano. São pedaços da vida de pessoas vulgares, com histórias para contar e episódios que, de uma forma ou de outra, mais próximos ou afastados de nós, todos já vimos acontecer ou sobre os quais já ouvimos falar.
São contos que nos tocam e se tocam, com personagens que parecemos conhecer de algum lado e que, aos poucos, se vão tornando familiares para nós.

Tal como já tinha acontecido com «A devota e a devassa» e «Hotel Anaidaug», não posso (nem quero) contar muito mais sobre este livro, mas tenho de referir que é mesmo uma leitura a não perder.
Quanto mais obras de Fernando Pessanha conheço, mas apaixonada fico pela maneira como dança com as palavras e as transforma em imagens e sonhos.
E, com a dose certa de diálogos, descrições e narrações, com um quê de romantismo num realismo intemporal, esta é uma obra que se conhece e não se esquece, que se carrega para todo o lado, que nos toca em alguns momentos, não deixando nunca de nos prender.

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