HÁ CRIANÇAS QUE VIVEM DE MÁSCARA

Não sei como é possível alguém ser tão pouco humano ao ponto de maltratar uma criança. Na minha cabeça não entra este comportamento. Não entra, de todo.
Uma criança é um pequeno ser de futuro, com sentimentos, caráter, pensamentos... à mercê de quem as cuida, luta diariamente para se integrar num mundo que há pouco tempo conheceu, libertando as suas dúvidas, apelando às suas necessidades, fazendo vingar uma personalidade em formação, gerindo o que lhe chega do exterior com o que sente em si e querendo que as suas qualidades e talentos seja valorizados. Mais ou menos discretamente, a criança fá-lo diariamente junto de quem tem mais confiança, de quem sente que a ama. Precisa ser educada, sim. Precisa aprender a viver numa sociedade com regras, mas também como muito de bom para dar.
E o adulto, aquele ser do presente e do passado dela, é o pilar de uma casa humana a erguer-se devagarinho. E quando o pilar abana, há sempre pedaços da criança que caem, que mudam de lugar e ficam desenquadrados, há estruturas que nunca chegam a ser construídas e fica sem forma nem acabamentos.
Quando um pai (ou mãe), um professor, um familiar (mais ou menos chegado), alguém que supostamente a cuida e protege, tal pilar suportado por Sansão, bate, ignora, humilha, repreende com rudeza, abandona, viola uma criança, dá cabo que uma vida que poderia ser como um jardim na primavera.
Essa pessoa não é humana de verdade, é um ser irreconhecível e fraco demais para não precisar de pisar alguém tão frágil e em desenvolvimento para se sentir bem consigo e com a vida. É triste! Muito Triste!
Há crianças que vivem com máscara todos os dias!

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