"UM NATAL QUE NÃO ESQUECEMOS"

Adorei o último livro que li. Há muito que não devorava assim um história, em três ou quatro momentos de leitura apaixonada, chorando e rindo instintivamente, mergulhando nas palavras e amando-as sem as sentir minhas, ansiando pelas próximas páginas e por um desfecho de dor, para fortificar o sentido de toda a história.
"Um Natal que não esquecemos", de Jacquelyn Mitchard, é uma obra sentimental fantástica que nos põe a sentir a vida e a morte com uma intensidade para a qual parece que nunca estamos preparados.

Este livro conta uma história de amor pela vida e pela família, apesar de falar de morte.
Laura e Elliot, o casal protagonista, saem sozinhos para comemorar mais um aniversário de casamento e tudo corre bem até à hora de regressar a casa. Na viagem de regresso, o seu carro avaria e, enquanto aguardam ajuda para resolver o problema, Laura sofre uma forte dor de cabeça e pede para ser levada ao hospital, onde descobre que a vida de todos vai mudar para sempre.
E é nas horas em que permanece no hospital que todo o enredo melodramático e intenso se desenrola, dando a conhecer as relações entre Laura e os restantes membros da família e a força de cada nova personagem que vai aparecendo.


Adorei cada bocadinho deste livro!
Apesar de ser uma história triste, que me fez sentir à flor da pele o medo da perda e da dor, teve momentos de algum humor e todo o enredo surge ternurento e luminoso.

Laura é uma personagem principal intensa e magnífica. Sem pretender fazê-la parecer perfeita, a autora consegue que quase nos apaixonemos por ela e que desejemos ter a sua força e carisma.
Elliot é um marido dedicado e que parece sentir o mundo a fugir-lhe com o problema da mulher que ama, mas a sua força e a forma como dá corpo ao imenso amor que sente por ela e pelas filhas conseguiu surpreender-me até às últimas páginas.
As relações que aparecem espelhadas na história, cativaram-me também bastante. Apesar de serem vulgares e banais em todas as famílias, ou talvez por isso mesmo, mostram que todo o ser humano tem uma força e beleza sem igual e que consegue fazer da vida aquilo que quer se se agarrar ao que o faz feliz.

Gostei muito da escrita de Jacquelyn Mitchard, que já conhecia dos livros "Profundo como o mar" e "Um pai muito especial".
Sem grandes descrições ou pensamentos profundos, neste livro a autora consegue abordar com muita sensibilidade a temática da morte, levando-nos a emoções gigantescas em apenas 106 páginas.

Têm mesmo de ler este livro!

Comentários

  1. Olá querida,

    Adorei a tua opinião!
    Em Dezembro, como fiz umas leituras natalícias, fiz uma pesquisa sobre livros "de natal". E, embora não sabendo se falava nessa altura do ano ou não fiquei logo com curiosidade neste livro. Primeiro pela sinopse e depois pela capa que acho linda. E depois acabei por ler outros. Já percebi que fiz mal.
    Agora depois da tua opinião tenho mesmo que o ler. AMEI!!! Obrigada!!

    Beijinhos.

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