"EMMANUELLE"...

Ainda não consigo decidir-me se gostei ou não do último livro que terminei: "Emmanuelle", de Emmanuelle Arsan.
Consigo perfeitamente compreender porque razão a escritora teve de usar um pseudónimo para publicar este livro e porque foi um escândalo, estando a decorrer a década de 50 do século XX.
De facto, ainda hoje o achei "pesado", mesmo dentro do género erótico.

O livro conta a história de Emmanuelle, uma jovem mulher casada, na sua viagem a Bangkok, onde se reune ao marido e se integra na sociedade da época.
Seguindo o desejo de erotismo e de prazer, Emmanuelle tem relações íntimas com diversos parceiros, de ambos os sexos, as quais surgem detalhadamente descritas ao longo de todo o livro, ao mesmo tempo que novas personagens lhe (e nos!) vão sendo apresentadas.

Penso que não há muito mais a dizer num resumo deste livro.
Na verdade, 80% do conteúdo literário são descrições das relações de Emmanuelle, as quais se revelam tão atentas a pormenores que conseguimos visualizar a ação e os seus intervencientes.
É sobre esta parte que não me consigo decidir se gostei ou não. Houve momentos que me deixaram presa e "interessada" no conteúdo, outros que me divertiram e outros ainda que me fatigaram completamente, tal não foi o excessivo uso das descrições.
No entanto, algures no quinto capítulo, surge uma parte de que não gostei mesmo, onde aparece quase que uma tese sobre filosofia do erotismo nas palavras da protagonista e, principalmente, de um dos seus amantes, que parece não se enquadrar para além da temática.

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