UMA (GRANDE) CAMINHADA PENSATIVA

Quando vou fazer as minhas caminhadas, em especial quando o faço sozinha, aproveito para ouvir músicas de que gosto e para reparar nos pequenos pormenores do caminho, fotografando alguns. O que é certo é que, inevitavelmente, há memórias do passado que acabam por aparecer na minha mente e (agora) já consigo trazer delas apenas o que é essencial e/ou me dá prazer e força para seguir em frente.

No sábado, logo de manhã cedo, a caminhada que fiz foi especial e, ao mesmo tempo, muito desafiante.
Parti em direção a Palmela, mas sem um rumo certo nem um caminho definido. Tal como gosto, deixei-me ir ao sabor das emoções. Fui até à vila pelo campo e voltei à aldeia pela estrada nacional, acabando por fazer um percurso de 11,5 kms carregadinho de memórias, de pensamentos, de desejos e de graças... fiz alguns registos e gostaria de partilhá-los com quem me segue desse lado.

 Os caminhos mostravam a vida a renascer, oferecendo-me o cheiro das flores e a beleza do seu desabrochar. O Castelo de Palmela, ao longe e altaneiro, servia-me de ponto de referência, como que de um regressar a casa se tratasse...

 Não me cruzei com quase ninguém, mas vi bem de perto animais com suas crias... vacas curiosas pastando e protegendo os seus filhotes... um grupo de borboletas voando por sobre as flores mais coloridas... cães de guarda que, fieis aos seus donos, me vinham "saudar" no caminho...

O céu estava azul e o pequeno ramo de oliveira que levava na mão fez-me lembrar a pomba de Noé e de como é sempre possível recomeçar quando estamos dispostos a tentar e a seguir em frente... e como tudo isso nos traz tanta paz interior...

Este não é o atual campo do clube da terra, mas nele vivi muitas emoções quando criança. Ao aqui passar recordei jogos a que assisti, brincadeiras que tive no campo e nas bancadas... ia com os meus avós apoiar a equipa. Também os seguimosem jogos fora e assim conheci algumas terras portuguesas...




Já na volta, pela Estrada Nacional, recordei a primeira e última vez que tinha feito aquele caminho a pé..

Foi há quase 19 anos e nem dei pelos kms que andei, tal não era a vontade de abraçar o meu primeiro grande amor, ajudando-o a suportar a morte de um primo... 

Queria muito lá chegar e não estive para esperar por autocarro ou boleia... andei, andei e só descansei quando o abracei...

 Quase a chegar a casa, passei por um Parque Infantil que me trouxe tantas e tantas recordações dos primeiros anos dos meus filhotes. Neste parque passámos juntos bons momentos... fizeram nele muitas gracinhas, superaram alguns obstáculos, inventámos brincadeiras e rimos muito...



No domingo, voltei a ir a uma aula de "Fitness ao Ar Livre", pelo Grupo Desportivo da Câmara Municipal da Moita. Desta vez a aula foi no Parque José Afonso, na Baixa da Banheira e fui sozinha com a minha filhota, acompanhadas pelo marido que ficou a assistir.

Esta aula não foi tão divertida como a anterior (se bem que eu também não estava nos meus melhores dias). Acho que faltou ter sido totalmente guiada pelo professor Paulo Martins Esparteiro, que tem o ritmo com ele e excelentes formas de nos motivar.

No entanto, deu para fazer exercício, apanhar sol, partilhar momentos com a minha Matilde e ainda reencontrar uma colega que já não via há algum tempo.





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