ANTESTREIA DEPRIMENTE

Há algo na vida de que tenho um medo profundo, apesar de tentar (e conseguir) não pensar nele: ficar incapaz e ser internada num hospital psiquiátrico.
Não sei se será por ter ascendentes familiares ligados a problemas destes, se apenas por causa de minha "situação crónica" ou se porque detesto rotinas demasiado rigorosas ou estar fechada muito tempo, mas tenho medo.

Ontem fui ver a antestreia do filme "Camille Claudel 1915", no Cinema Monumental em Lisboa, e vim de lá a pensar: "Ainda bem que não nasci 100 anos antes!".

Este filme, quanto a mim demasiado monótono e parado, ficando muito aquém da riqueza da história desta escultora do século XIX, famosa na altura e conhecida por ser discípula e amante de Rodin, coloca-nos a pensar sobre a forma como eram tratadas as pessoas que sofriam de perturbações psicológicas.
E, se o fizermos, conseguiremos perceber facilmente porque tem sido tão difícil mudar a mentalidade das pessoas e levá-las a encarar as doenças psiquiátricas da mesma forma que as de outras áreas do corpo humano.
Do filme destaco a interpretação de Juliette Binoche, que interpreta muitíssimo bem a personagem principal.

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