"UM PEQUENO GRANDE AMOR"

Ontem à noite adormeci depois de terminar a leitura deste livro de Fátima Lopes, que nos fala dos sentimentos de duas crianças que, após o divórcio dos respetivos pais, são obrigadas a viver os conflitos interiores dos seus progenitores, acabando no meio de uma guerra de amores que deixa marcas nas suas vidas.
Num discurso muito claro e próximo de nós, Fátima Lopes aborda bem o tema, colocando-se no lugar das duas crianças que acabarão por construir uma amizade baseada nesta circunstância comum das suas vidas e que acabam por ajudar-se mutuamente.

Eu gostei do livro e da história, apesar de não o ter considerado excelente.
Confesso que, até ao momento de entrada em cena da segunda criança, achei que o discurso da autora era muito de quem dá razão à mãe da criança. Até determinada altura da história, achei que houve uma tentativa de denegrir muito a imagem paterna, sem prejuízo de achar erradas as atitudes do pai do Gonçalo, mas achei que, sendo a perspetiva da criança a mais importante, poderia ter sido mais explorados os sentimentos desta. Nessa altura, fiquei curiosa em relação às próprias vivências da escritora/jornalista (as quais desconheço mesmo), pois achei que Fátima Lopes se identificava com a personagem Margarida.
No entanto, à medida que a história foi evoluindo, dissipou-se mais esta subjetividade de discurso e fiquei mais presa ao livro, o que muito me agradou, pois é um tema que me deixa sempre a refletir e com o qual me debato muitas vezes nas turmas com as quais vou trabalhando.

Para primeira leitura do ano, acho que foi uma boa escolha, mas estou já a pensar nos "novos" livros que coloquei na mesa de cabeceira, os quais irei ler em simultâneo. Aliás, um deles, "Canja de Galinha para a Alma", que contém mais de 100 histórias, será para ir lendo e refletindo...

Comentários

  1. Já leste "Mães como nós" de Inés Barros Batista?
    Aconselho vivamente.
    Bom fim de semana!!!

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