Hoje assisti a um episódio que me marcou e me fez um aperto de ternura no peito. Talvez quem não me conhece bem ache que sou "lamechas" demais, mas há coisas que me tocam de forma muito intensa, principalmente quando me dizem algo, quando roçam sentimentos meus, dores, sonhos, paixões... fico emocionada, choro, dou mais valor ainda ao que já amava. Sei que é um lado frágil em mim, mas não me importo de não ser mais forte se for para manter esta sensibilidade que me diferencia de muita gente, que me faz sofrer e chorar mais, mas que também me traz as maiores felicidades com pequenas coisas e momentos de gargalhadas que enchem o peito.
O espetáculo de Natal estava a terminar. Mais de 200 crianças estavam juntas no refeitório e a última turma estava a cantar. Uma menina, que conheço de vista, mas nada sabia sobre ela, estava a chorar.
Essa menina, de 10 anos, estava triste numa festa e alguém me chamou a atenção sobre ela, com o olhar. Fui ter com ela, fiz-lhe uma festa e perguntei o que acontecera. Ela queria a irmã, precisava dela. A mais pequena, com 7 anos, que deve tê-la visto chorar lá de longe, chegou e ela perguntou:
"-Vens comigo mana?".
"- Claro!", foi a pequenina resposta de uma menina pequenina com um olhar grande. Abraçou a irmã mais velha, que, já com ela por perto, quis sair dali comigo.
Sentadas as três no banco da escola mais afastado, sempre segurando as pequeninas mãos da sua irmã, contou-me a zanga que tivera com uma amiga por ter defendido outra e como estava preocupada se ela a iria perdoar. Fiz o meu papel de professora-mãe-amiga, acalmando-a e dizendo-lhe palavras de conforto e de esperança. Não largou as outras mãozinhas ainda mais pequeninas que as dela.
Perguntava: "- Ficas comigo, mana?"
"- Queres ir para a minha sala, com a tua melhor amiga? A minha professora deixa! (Claro, é uma colega querida!) - dizia a de 7 anos à de 10 que, de olhar fixo nela, parava de chorar, massajava as mãos da irmã, encostadinha a mim. E lá foram combinando e se acalmando mutuamente, de olhos brilhantes.
"- Vocês são manas muito amigas, não são?", perguntei eu, já encantada com os valores imensos que aquela pequena cena me mostrava existir naquelas duas crianças que praticamente conheci ali.
"- Sim.", responderam quase ao mesmo tempo, abraçando-se.
"- Não deixem nunca de ser assim amigas... Vão ter-se sempre uma à outra!" - disse eu, já recordando cenas antigas e um amor imenso que tenho no peito.
"- Claro! Eu vou ser tia dos filhos dela!", disse a mais velha orgulhosa e eu... bem, eu arranjei uma desculpa para sair dali um pouco e poder chorar emocionada.
Eu sou tia e amo ser tia e amo os meus sobrinhos. Porque são únicos, porque são fantásticos, porque são filhos da minha irmã, a minha melhor amiga de sempre.
O espetáculo de Natal estava a terminar. Mais de 200 crianças estavam juntas no refeitório e a última turma estava a cantar. Uma menina, que conheço de vista, mas nada sabia sobre ela, estava a chorar.
Essa menina, de 10 anos, estava triste numa festa e alguém me chamou a atenção sobre ela, com o olhar. Fui ter com ela, fiz-lhe uma festa e perguntei o que acontecera. Ela queria a irmã, precisava dela. A mais pequena, com 7 anos, que deve tê-la visto chorar lá de longe, chegou e ela perguntou:
"-Vens comigo mana?".
"- Claro!", foi a pequenina resposta de uma menina pequenina com um olhar grande. Abraçou a irmã mais velha, que, já com ela por perto, quis sair dali comigo.
Sentadas as três no banco da escola mais afastado, sempre segurando as pequeninas mãos da sua irmã, contou-me a zanga que tivera com uma amiga por ter defendido outra e como estava preocupada se ela a iria perdoar. Fiz o meu papel de professora-mãe-amiga, acalmando-a e dizendo-lhe palavras de conforto e de esperança. Não largou as outras mãozinhas ainda mais pequeninas que as dela.
Perguntava: "- Ficas comigo, mana?"
"- Queres ir para a minha sala, com a tua melhor amiga? A minha professora deixa! (Claro, é uma colega querida!) - dizia a de 7 anos à de 10 que, de olhar fixo nela, parava de chorar, massajava as mãos da irmã, encostadinha a mim. E lá foram combinando e se acalmando mutuamente, de olhos brilhantes.
"- Vocês são manas muito amigas, não são?", perguntei eu, já encantada com os valores imensos que aquela pequena cena me mostrava existir naquelas duas crianças que praticamente conheci ali.
"- Sim.", responderam quase ao mesmo tempo, abraçando-se.
"- Não deixem nunca de ser assim amigas... Vão ter-se sempre uma à outra!" - disse eu, já recordando cenas antigas e um amor imenso que tenho no peito.
"- Claro! Eu vou ser tia dos filhos dela!", disse a mais velha orgulhosa e eu... bem, eu arranjei uma desculpa para sair dali um pouco e poder chorar emocionada.
Eu sou tia e amo ser tia e amo os meus sobrinhos. Porque são únicos, porque são fantásticos, porque são filhos da minha irmã, a minha melhor amiga de sempre.
Que emocionada fiquei com este texto e este testemunho! O ampr de sangue é forte, sem forma, mas com muita cor. Adoro-te, mana!!!
ResponderEliminarQue emoção!!! Irmãos é isso mesmo, amor para toda a vida!!! Adoro o meu mano. Sempre o defendi, contra tudo e contra todos, desde pequeninos até aos dias de hoje.Adoro-te, minha princesa.
ResponderEliminar