RECLAMAR...

Nunca fui pessoa de fazer queixas e reclamações quando sou mal atendida, mas este ano tenho-o feito e só me apercebi de como isto está a ficar "enraizado" cá por casa quando ouvi um dos meus filhos perguntar, após algo ter corrido mal num dos nossos contactos com o atendimento:
- Mãe, não fazes uma reclamação?

Pois é, tenho sido bem chata com estas coisas e, apesar de por vezes me questionar ainda se o devo ou não fazer, começo a ficar mais segura de que sim e que, muitas vezes, a nossa opinião é importante e o estarmos calados não ajuda o "país" a evoluir.

Das "reclamações" mais a sério, conto as últimas três, que se passaram, curiosamente (ou não), este ano.

Primeiro, foi a atividade "Marés humanas", na qual me inscrevi pela internet e cuja participação me foi vedada pela Câmara Municipal de Setúbal, na Praia da Figueirinha, porque desconheciam essa tal inscrição pela net e afirmaram a pés juntos que se tratava apenas de uma atividades para as escolas do projeto. Convicta de que tinha razão, eu e os outros 3 grupos que voltaram também para trás, verifiquei em casa a minha inscrição e comuniquei por mail o ocorrido para a Nestlé, patrocinadora do evento, pedindo que me esclarecessem da validade da dita inscrição.
Pediram-me o contacto telefónico, cedi e, em 1/2 dias, recebi um telefonema pedindo todas as informações relativas ao ocorrido. Contei tudo, esclareceram-me que tinha sido erro da dita autarquia e que iam averiguar esta parceira, para sondar o que se passara, pois não queriam publicidade negativa a uma ação tão socialmente poderosa. (Na qual acreditei e acredito vivamente).
Recebi uma recompensa em casa, mas fiquei descansada foi por saber que não me calei.
No entanto, aprendi que deveria ter trocado contactos com quem ficou igualmente de fora, pois teríamos sido 4 a reclamar, o que teria mais força.

Depois, foi uma marcação de atividade no Pavilhão do Conhecimento.
Marquei com 2/3 meses de antecedência, paguei e enviei comprovativo por mail, recebi a confirmação.
Cheguei ao pavilhão e, para além de ter sido muito mal recebida e de desconfiarem de que tivesse feito reserva, apesar de ter mencionado tudo o que me lembrei sobre os contactos estabelecidos, disseram-me que a única forma de confirmar era com o comprovativo de transferência, que teria de obter no banco.
Claro que, em pleno Parque das Nações, não foi fácil encontrar o tal banco e, quando encontrei, não estava já disponível o dito comprovativo, pois havia sido há muito tempo. Passou a hora da atividade e não fomos, claro.
Resultado: cheguei a casa, verifiquei a minha conta do banco na net e arranjei novo comprovativo, fui à procura do dito mail onde me confirmaram a receção do pagamento (já com mais de 2 meses) e a data da atividade e reencaminhei tudo por mail para o serviço de atendimento do Pavilhão do Conhecimento, já juntando o meu contacto telefónico.
Responderam-me dizendo que iriam averiguar o ocorrido, a pedir desculpa e a encaminhar a minha reclamação para o departamento correto. Fui contactada telefonicamente e deram-me razão. Afinal, não fui eu quem errou: a pessoa que fez a reserva, colocou o meu nome na lista da data anterior da atividade em que me inscrevi (um erro), deram pela minha falta na dita e, apesar de ter feito pagamento, não houve sequer um telefonema a saber o porquê (outro erro) e a funcionária que me atendeu, deveria ter consultado (no seu computador com internet) a minha inscrição, pois com as informações que lhe dei teria acesso à minha inscrição (outro erro).
Resumindo, os miúdos ficaram aborrecidos por não irem à atividade, mas recebemos a devolução dos 10 euros e um bilhete de família para irmos visitar o Pavilhão do Conhecimento.
Mais uma vez houve algo que aprendi: levar sempre o comprovativo da inscrição e pagamento, mesmo que já me tivessem garantido que estava tudo OK.

Ultima reclamação: há 3 semanas, fui ao Almada Fórum fazer teste visual com o meu marido e, como percebemos que nos iriamos demorar, fui buscar uma foto dos miúdos com o Pai Natal que ainda estava na loja. Fui informada de que a foto se encontrava no armazém e que a funcionária não poderia lá ir porque estava sozinha já que a colega tinha saído e que voltava dentro de meia-hora.
Fomos buscar os óculos e voltámos à loja. Já não me apetecia lá ir, porque tinha sido atendida com maus modos, mas quis aproveitar que lá estava e voltei. Cheguei à hora "combinada", esperei que a (mesma) funcionária atendesse 2 clientes que estavam à minha frente, um dos quais esteve a ver albuns de fotos e a pedir todas as informações possíveis e imaginárias e, quando chegou a minha vez, foi-me dito que teria de voltar noutro dia porque a tal colega tinha ido jantar e depois ia ela. Questionei porque me tinha então mandado lá voltar e fui tratada com maus modos dizendo-me: "Eu disse meia hora e você demorou mais!". Como se não bastasse, pedi delicadamente que me enviassem a foto pelo correio, que pagaria, e recusaram-me perguntando se "via ali algum correio"!
Fiquei danada e reclamei. Novamente por mail, mandei toda a informação para os contactos gerais da loja, que averiguaram o que se passou e me deram razão. (Não sou má, mas espero que tenham dado um ralhete na "pirralha" que me falou mal). Ofereceram-se para me mandar a foto, enviei-lhe o talão por mail e ontem recebi em casa não uma, mas três fotos diferentes das minhas crianças.
Conclusão: aprendi que tenho de pedir o livro de reclamações para serem mais simpáticas no atendimento.

Serei mesmo chata e refilona ou estas coisas têm, de facto, de ser resolvidas?

Comentários

  1. És o meu orgulho! Ainda não aprendi que tens sempre razão e raramente te enganas!

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  2. Muito bem! Eu também falo, falo mas não faço nada!!!

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