NÃO GOSTO NADA

Ontem, enquanto caminhava na festa aqui da zona, lembrei-me que precisava de levantar dinheiro. Parámos todos e, durante segundos, pensámos em qual seria a caixa multibanco mais próxima.
- Vamos à do banco... - disse o meu homem.
- Não, que essa já passámos. - digo logo eu.
- Mas é mais perto.
- Mas temos de andar para trás.

E fiquei pensativa. E fomos levantar dinheiro na caixa mais à frente...
Realmente há uma coisa de que não gosto mesmo: de voltar para trás. E isto fez-me pensar que sou assim na vida e não só nos caminhos. Não gosto de recuar, não gosto de fazer o caminho de regresso (quando é o mesmo), não gosto e pronto!

Na estrada, quando conduzo, prefiro andar mais uns quilómetros quando me engano, para dar a volta por outra rua, para escolher outro caminho para ir ter ao mesmo sítio, em vez de fazer inversão de marcha e voltar para trás. Não gosto e não é pela manobra, que o meu carrinho é pequeno e volta quase sempre à primeira.
Na rua, quando sou peão, quando passeio, quando descubro e exploro cidades e campos novos, vou por um caminho e volto por outro. Sempre por outro, a não ser que não haja hipótese (e fico mesmo incomodada!). Em caminhadas também há o caminho de ir e o de voltar. Nem que seja para andar à roda.
Num trabalho, quando algo corre mal, parto do que está feito e melhoro. Ou retomo o assunto, uma matéria que estou a ensinar, por exemplo, volto a explicar (nem que seja 10 ou 20 vezes), mas uso formas diferentes, exemplos diferentes, alunos diferentes para "ir ao quadro"...

Ontem pensei que, tal como nestas estradas, na da vida, também não gosto de voltar atrás... de andar para trás...

Sou assim, que vou eu fazer?

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